Páginas

sábado, 15 de junho de 2013

O País das Maravilhas dentro do espelho!

E então eu terminei de ler este livro com as duas histórias da Alice: "Aventuras de Alice no País das Maravilhas" e "Através do Espelho e o que Alice encontrou por lá".

Não tem como não lembrar do desenho animado da Disney, o filme do Tim Burton teve uma base do livro, mas se desviou da história com aquele negócio da Alice ter de matar o Jaguadarte.

País das Maravilhas: O livro conta a história de uma menina chamada Alice que cai em uma toca de coelho e vai parar num lugar fantástico povoado por criaturas peculiares e antropomórficas.



Através do Espelho: Entediada e presa dentro de casa por causa da neve, Alice resolve atravessar o espelho para visitar a sala que fica do outro lado dele. Lá, a menina encontra um universo fantástico, habitado por animais, flores e peças de xadrez falantes, e tem de superar vários obstáculos para se tornar uma rainha.

O que achei da Alice? Uma menininha muito maluca. Porque? Ela finge ser duas pessoas pra engatar uma conversa, jogar um jogo ou o que for, e vive se repreendendo e dando conselhos a si mesma como se fosse outra pessoa. Fora que os personagens não ajudam muito, ficam falando absurdos e coisas que não tem sentido, principalmente os de dentro do espelho. É uma história bem maluca, as duas.

O desenho da Disney misturou essas duas histórias, cortando alguns capítulos e personagens, por que se não ia ficar bem longo. Mas ficou estranho eles colocarem três capítulos do Através do Espelho dentro do País das Maravilhas:

- O jardim das flores vivas
- Insetos do espelho, apenas dois: o Moscavalo e a Borboleteiga.
- Tweedleedum e Tweedleedee

Outros personagens e passagens do País das Maravilhas também ficaram de fora do desenho:

- A duquesa e seu filho porco
- A tartaruga falsa
- O grifo
- A quadrilha da lagosta
- O roubo das tortas

Fora que quando a Rainha Vermelha diz que todos os caminhos são dela, isso é dito no Através do Espelho.

Enfim, foi uma mistureba que deu certo. Indico à todos ler o livro.


segunda-feira, 3 de junho de 2013

O Retrato de Dorian Gray

Dorian Gray é um belo e ingênuo rapaz retratado pelo artista Basil Hallward em uma pintura. Mais do que um mero modelo, Dorian Gray torna-se inspiração a Basil em diversas outras obras. Devido ao fato de todo seu íntimo estar exposto em sua obra prima, Basil não divulga a pintura e decide presentear Dorian Gray com o quadro. 
Com a convivência junto a Lorde Henry Wotton, um cínico e hedonista aristocrata muito amigo de Basil, Dorian Gray é seduzido ao mundo da beleza e dos prazeres imediatos e irresponsáveis, espírito que foi intensificado após, finalmente, conferir seu retrato pronto e apaixonar-se por si mesmo. 
A partir de então, o aprendiz Dorian Gray supera seu mestre e cada vez mais se entrega à superficialidade e ao egoísmo.

Eu conheci Dorian Gray assistindo ao filme de 2009, e logo no fim do filme ele me fez pensar em como a turma legal (as más companhias), as coisas superficiais, os exageros da vida, luxúria e muitas outras coisas que as pessoas dizem serem "as coisas boas da vida", corrompem e apodrecem a alma da pessoa, tornando-a uma pessoa ruim, em todos os aspectos.

Porém, em 1890, quando o livro foi lançado por Oscar Wilde, tornou-se um símbolo da juventude intelectual "decadente" da época e de suas críticas à cultura vitoriana, além de ter despertado grande polêmica em relação ao seu conteúdo homoerótico. O próprio Oscar Wilde foi apontado como o pai do decadentismo na Inglaterra, coisa que ele sempre negou. Aquando do julgamento de Wilde algumas partes deste livro foram usadas contra si.

Lendo o livro, ao contrario da imagem acima (poster do filme de 2009), Dorian é um rapaz loiro de olhos azuis. Outra coisa que me chamou a atenção é que ele, quando ingênuo, era totalmente influenciável. Na conversa que ele teve com Lord Harry Henry, o Lord disse: "...agora você tem a mais maravilhosa juventude e a juventude é a única coisa que vale a pena ter.", "Para mim, a Beleza é a maravilha das maravilhas. São apenas as pessoas superficiais que não julgam pelas aparências...", claro que não foi só isso o que ele disse, o texto é enorme, mas Lord Henry também frisou que quando Dorian ficasse velho, ninguém se aproximaria dele voluntariamente como agora, quando ele está jovem e bonito. E isso fez com que Dorian desejasse a beleza eterna. Na minha opinião, o que Harry Henry disse foi um absurdo sem tamanho.