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quinta-feira, 25 de julho de 2013

A Zona Morta

Johnny Smith é um homem que sofre por possuir um estranho poder: ao tocar em uma pessoa, torna-se capaz de prever seu futuro. A origem desta capacidade está ligada à chamada "zona morta", uma área do cérebro de Johnny que não conseguiu se recuperar após um acidente de automóvel que o deixou em coma. Mas, ao tocar a mão de Greg Stillson, Johnny descobrirá que seu poder é muito mais perigoso do que imagina.

Acho que a Zona Morta foi um dos livros mais legais que já li. Um livro que me prendeu a atenção, teve dias que eu lia 100 páginas (apesar que é um pocket book, mas e daí?), ansioso pra chegar logo o final, que me surpreendeu.


Tudo parece se encaixar e na hora certa: o acidente de Johnny, a recuperação, o desenvolvimento do "terceiro olho", a mãe que ficou fanática religiosa por causa do acidente do filho, na verdade ela chegava a ficar insuportável, o pai (coitado) tendo que aguentar as loucuras da mulher, e vários outros problemas que aparecem no caminho de Johnny. Os assassinatos em Castle Rock me seguraram bastante, eu pensando que o assassino era uma pessoa e na verdade era outra, pode ser que minha leitura me confundiu, não sei.
O livro é dividido em quatro partes: Prólogo, A Roda da Fortuna, O Tigre Risonho e Notas da Zona Morta.
Apesar de só ter lido dois livros do Stephen King, esse foi o mais legal que li até agora.

Em 1983, saiu um filme baseado no livro, com Christopher Walken, conhecido no Brasil como "Na Hora da Zona Morta". A história é a mesma (duhhh), mas algumas coisas mudaram pro filme não ficar muito longo. Achei que a atriz que fez o papel da mãe de Johnny atuou muito mal, Walken atuou bem como Johnny, só achei que ele deveria ter melhorado um pouco suas expressões faciais na hora das visões. No livro, eu imaginava Johnny segurando forte o objeto ou a mão da pessoa e com o olho fixo ficasse olhando para o nada, mexendo pouco a boca e de um jeito macabro, mas não foi bem assim como aconteceu. Senti falta do Chuck grande, do acidente no Cathy's, mas...é uma adaptação. Eles mexeram em algumas coisas na história pra deixar mais dramático e no fim: casou! Sinceramente, é uma boa adaptação, claro, o livro oferece uma experiencia mais completa, mas o filme não se desvia muito do livro.



Também saiu uma série de TV baseada no livro em 2002, o SBT chegou a exibir com o nome "O Vidente". Eu não assistia (achava ridícula a tradução, e ainda acho) e ainda não assisti, por tanto não irei comentar.




Leitura do livro recomendadíssima! A versão que eu tenho é a do Ponto de Leitura, da Editora Objetiva.



sábado, 6 de julho de 2013

Fuga do Campo 14


Eu nunca estive a par do que acontece na Coréia do Norte, só sabia que eles eram alguns malucos que não tinham o que fazer além se enviar falsos avisos de que vai atacar. Esse livro me mostrou o que aconteceu lá nesses anos passados, quando eu não tinha conhecimento que a Coréia do Norte existia, ou seja, quando eu era bem pequeno.

Mas este livro não conta exatamente a história da Coréia do Norte, e sim, a história de Shin In Geun, que futuramente mudaria seu nome para Shin Dong-hyuk, sobre como ele conseguiu fugir de um campo de concentração de trabalhos forçados. Dong-hyuk nasceu dentro do campo 14 e fugiu de lá aos 23 anos.


Escrito por Blaine Harden, depois de longas entrevistas com Dong-hyuk e pesquisas com quem conviveu com ele na Coréia do Sul e nos Estados Unidos. Harden relata as memórias do norte coreano, que vai desde a morte de uma coleguinha de 6 anos na escola, torturas a qual foi submetido, a execução de sua mãe e irmão, a sua fuga para China, sua ida à Coréia do Sul e finalmente o convite para ir aos Estados Unidos. Entre as memórias, Blaine nos conta o que acontecia na Coreia do Norte naquele momento. Kim Il Sung e Kim Jong Il fizeram um bom trabalho para alienar seu povo, fazendo-os acreditar que seu Grande Lider é o bonzinho da história, que a Coréia do Sul e os Estados Unidos são os vilões.

É um bom livro para saber o como funcionam as coisas por lá, chega a ser revoltante.

"Enquanto Hitler atacava seus inimigos, disse, Kim obrigava seu próprio povo a morrer de tanto trabalhar em lugares como o Campo 14."

Shin Dong-hyuk e Blaine Harden